"Sou-te grato por me teres dado a oportunidade de reviver a juventude, de devolver sonhos e fantasias sucumbidas na escuridão, onde jaziam meus sentimentos.
Sou-te grato pelas ilusões perdidas, ora ressuscitadas; das aspirações esquecidas, ora relembradas.
Ainda sou-te grato pelas inspirações que buscaram no meu inconsciente, músicas e poemas em profusão...
Sou-te grato pela aurora que fizeste surgir entre as brumas cinzentas e frias das manhãs umbras e descoloridas.
Enfim, sou-te grato por eliminares o eclipse que turvava meus olhos, "intransparecendo" a senda do amor puro, belo, gigante...
Como agradecimentos ainda me restam, sou-te grato pela saudade infinda deixada em minha alma, transmudando a rotina dos meus dias e noites, transformadas em sonhos mil...
Obrigado por tudo e, sobretudo, por tudo teres mostrado e nada teres concedido.
Obrigado pela sede e pela fome de amor que me crucificaram, e permitiram o ressurgimento das cinzas, e, como Fênix, alçar vôos mais altos, alcançando esferas superiores da compreensão e do vislumbre da realidade impiedosa da razão.
Obrigado meu amor...
"consola-me saber que pessoas existem que choram porque as rosas dão espinhos, enquanto outras riem porque os espinhos dão rosas...""
(por: Thiago Carvalho de Figueiredo, 2012. Poema publicado no livro Angelus: conheça-te a ti mesmo. ed: Pandion, 2010)