Viva a Alegria de Viver a Vida!!!

"Descubra a sua própria voz. Depois faça o que ela diz sem receio.
Aonde quer que ela o leve, é ali que está o objetivo da sua vida, é ali que está o seu destino. É só ali que você encontrará satisfação, contentamento."

(OSHO. Faça o seu coração vibrar. 3 ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2005).

Fitoterapia

A Fitoterapia é uma palavra formada a partir de dois radicais gregos: “phyton”, que significa planta, e “therapia”, tratamento. É a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal (BRASIL, 2006). Sua utilização é empregada seja para prevenir, promover, atenuar, ou até mesmo curar um estado patológico, agindo sobre o desequilíbrio observado.

O termo "Fitoterapia" foi apresentado pelo médico francês Dr. Henri Leclerc (1870-1955). Ele publicou numerosos ensaios do uso de plantas medicinais, a maioria deles na La Presse Médicale, um importante jornal médico francês.

Sendo assim, a fitoterapia, utilizada de plantas medicinais, visando a interação de outras terapias ao tratamento para assim potencializar os efeitos desejados, e olhando o indivíduo como um todo integrado entre corpo, mente, espírito, emoções, ..., sendo que antigamente a fitoterapia era vista como algo "místico", e atualmente já existem pesquisas científicas sobre a comprovação do potencial terapêutico e da toxidade das plantas que mostram a ação eficaz das mesmas, confirmando assim o seu uso popular tradicional.

O uso terapêutico de plantas medicinais é um dos conhecimentos mais antigos da espécie humana, tão antigo como o Homo sapiens, encontrado praticamente em todas as civilizações ou grupos culturais conhecidos. Onde o conhecimento sobre o uso medicinal das plantas surgiu da observação do comportamento dos animais na cura de suas feridas e doenças, assim, os homens descobriram as propriedades curativas das plantas e começaram a utilizá-las, com isso, o acúmulo de conhecimento empírico vem sendo transmitido de geração em geração durante milênios, com finalidade de tratamentos e cura de enfermidades. (FERRO, 2006).

Ao final da década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cria o Programa de Medicina Tradicional, com objetivos de proteger e promover a saúde dos povos do mundo, incentivando a preservação da cultura popular sobre os conhecimentos da utilização de plantas medicinais e da Medicina Tradicional (BRASIL, 2006; WHO, 2002)
A OMS recomenda aos estados-membros “o desenvolvimento de políticas públicas para facilitar a integração da medicina tradicional e da medicina complementar alternativa nos sistemas nacionais de atenção à saúde, assim como promover o uso racional dessa integração” (BRASIL, 2006). Para isso, são necessários promover a segurança, eficácia, qualidade, acesso e uso racional dessas práticas (WHO, 2002).


Em 2006, foi criado no Brasil o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, com objetivo de “garantir à população brasileira o acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional” (BRASIL, 2006).

Formas de atuação

Há diversas formas de se utilizar as plantas medicinais, as quais, possuem princípios ativos, ou seja, compostos químicos produzidos durante o metabolismo da planta, que lhe conferem a ação terapêutica (WAGNER e WISENAUER, 2006). 

As plantas medicinais podem ser utilizadas sob a forma de infusão, decocção, maceração, tintura, extratos fluido, mole ou seco, pomadas, cremes, xaropes, inalação, cataplasma, compressa, gargarejo ou bochecho (WAGNER e WISENAUER, 2006). Também utiliza-se o óleo medicado para Massagem, composto por óleo vegetal e plantas medicinais, para atendimento focado ao indivíduo. 

Sua utilização depende da parte do vegetal a ser utilizada (folhas, caules, raízes, flores, sementes.), do tipo de efeito desejado e da enfermidade a ser tratada; lembrando sempre, que o bom profissional irá acima de tudo verificar o que o Ser como indivíduo Único, analisando suas queixas, o que tem como tendências, fragilidades constitucionais, desequilíbrios no organismo, patologias, para assim, melhor indicar a forma de utilização, administração e qual planta medicinal utilizar para que atenda sua necessidade individual, observando também as contra-indicações necessárias ao indivíduo, para melhores resultados em prevenção e tratamento. 

Pessoas de todas as idades podem se beneficiar com a fitoterapia. Não é necessário apresentar sintomas e doenças, pois além de tratar problemas comuns e cotidianos, a fitoterapia também pode ser usada como método preventivo.

Contra-indicações

A utilização de plantas medicinais não é isenta de efeitos colaterais, interações medicamentosas ou contra-indicações. Apresentam substâncias que podem ser tóxicas, desencadeando reações adversas. Além disso, a utilização da dose incorreta, da parte da planta indevida ou auto-medicação errônea podem causar efeitos colaterais indesejáveis (TUROLLA e NASCIMENTO, 2006).
São necessárias medidas de conscientização da população e educação dos profissionais de saúde para que o uso racional das plantas medicinais seja disseminado. Há grupos como crianças, idosos, lactantes, gestantes e portadores de doenças graves que merecem atenção especial e não podem utilizar a Fitoterapia de maneira indiscriminada, devendo levar em consideração as dosagens e contra-indicações. Além disso, é importante ressaltar que há possibilidades de interação medicamentosa entre a Fitoterapia e o uso de alopáticos, tornando ainda mais necessária a conscientização da população e o cuidado com a auto-medicação.


(BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília, DF, 2006b.
FERRO, Degmar. Fitoterapia: conceitos clínicos. São Paulo: Atheneu, 2006.
TUROLLA, Mônica Silva dos Reis; NASCIMENTO, Elizabeth de Souza. Informações toxicológicas de alguns fitoterápicos utilizados no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 42, n. 2, abr./jun., 2006.
WAGNER, Hildebert e WISENAUER, Markus. Fitoterapia – Fitofármacos, Farmacologia e Aplicações Clínicas. 2.ed. São Paulo: Pharmabooks, 2006.
WHO. Traditional medicine strategy 2002-2005. Geneva, 2002.65p.)